Assembléia: Greve começa na segunda
Em assembléia realizada nesta quinta-feira, dia 18, no auditório 13, às 14h, os trabalhadores da Uerj decidiram entrar em greve na próxima segunda-feira, dia 22, por tempo indeterminado. Ao todo, compareceram à assembléia 256 técnico-administrati vos, demonstrando a representatividade do movimento de greve.
Para o Sintuperj, a greve é um ato legítimo porque todas as etapas anteriores como mobilizações, reuniões e reivindicações já foram efetuadas e levadas ao governador Sérgio Cabral sem nenhuma resposta que contemplasse a categoria.
Defasagem já é de 72,74%
O Sintuperj acredita que é através da atuação conjunta com Asduerj e DCE, que será possível chegar às vitórias. Por isso, as três entidades estão empenhadas na luta pela recomposição salarial. No momento, a defasagem já chega a 72,74% e aumenta a cada mês. Outra luta conjunta é pela queda da Ação Direta de Inconstitucionalida de (Adin), pedida por Cabral, para impedir o repasse mínimo de 6% da receita tributária líquida para a Uerj.
O governo do estado tem insistido no argumento de que a categoria já teve reajuste nos salários com o Plano de Cargos e Carreira (PCC). O Sindicato refuta esta idéia, pois o PCC não é reajuste de salário.
Reitoria está do lado do governo
O reitor da Uerj, Ricardo Vieiralves, está do lado de Sérgio Cabral. A carta enviada às categorias é uma clara demostração de sua opção.
Na opinião do Sintuperj, tudo indica que a reitoria se esqueceu de quem a elegeu. O reitor parece representar o governo e não a UERJ. Precisamos lembrá-lo de que ele representa a Universidade frente ao governo do estado e que por isso, não deveria, de maneira nenhuma ter apresentado uma proposta que divide a Universidade. O reitor tem a obrigação de se colocar como representante de toda a UERJ.
Assembléia conjunta aprova propostas de mobilização
A assembléia conjunta de técnico-administrati vos e docentes, realizada no dia 18, às 17h, teve como principal item de pauta a mobilização das categorias na luta pelo reajuste salarial. Todas as propostas foram aprovadas por unanimidade.
Inicialmente, a discussão girou em torno da carta aberta à população divulgada pela reitoria a respeito da ocupação dos estudantes. “Adotaremos todos os instrumentos legais disponíveis, agiremos com cautela política e tentaremos evitar danos maiores à nossa instituição”, diz a nota. Os estudantes presentes se manifestaram e classificaram a nota como covarde.
A Associação de Pais e Professores (APP) do Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues Silveira (CAp – Uerj) apresentou uma carta onde se coloca em apoio às reivindicações dos professores, mas pede que o Cap não participe da greve. Professores e o grêmio estudantil se manifestaram contrários ao posicionamento da APP. A Assembléia encaminhou que a questão deverá ser discutida pelo Comando de Greve.
Unidades acadêmicas como a Faculdade de Serviço Social e a Faculdade de Formação de Professores (FFP) divulgaram moções de repúdio à criação de fóruns paralelos para discutir o plano de carreira docente. O que ficou claro na Assembléia é que este é um momento de luta de toda a comunidade universitária.
Um conjunto de propostas foi aprovado por unanimidade pelos técnico-administrati vos e professores presentes. “Este é um momento rico, de mostrar que quem ganha com a produção acadêmica e científica na universidade é a sociedade”, disse Vera Miranda, da Fasubra.
Veja abaixo as deliberações da Assembléia Conjunta:
- Indicar às assembléias específicas a realização de uma assembléia comunitária, com data proposta para o dia 26 de setembro.
- Formar um comando unificado de greve
- Remeter ao comando de greve decisões em relação a datas de eventos já marcados e outras situações excepcionais.
- Divulgar as seguintes moções:
. apoio ao movimento estudantil/ocupaçã o da reitoria, contra a tentiva de criminalização do movimento.
. repúdio às tentativas de estabelecimento de fóruns paralelos de decisão.
. repúdio à decisão da Dijur, especificamente ao seu diretor Maurício Mota, pela conduta persecutória e antidemocrática em relação aos estudantes.
- Encaminhar carta conjunta das três entidades para a imprensa e para o governador.
- Garantir o direito de trabalhadores técnico-administrati vos e docentes contratados a participar da greve.
- Recolher assinaturas para a convocação de sessão conjunta dos Conselhos Universitário e de Ensino, Pesquisa e Extensão.
- Impetrar ação jurídica contra a ilegalidade das ações de Mauricio Mota.
- Divulgar na Comuns informes do movimento.
- Indicar a constituição de um comando unificado para a assembléia comunitária, com o objetivo de organizar um piquete de convencimento.
- Que as entidades representativas dêem assistência financeira à ocupação.
- Exigir da reitoria a retirada imediata das ações de criminalização do movimento estudantil.
em: http://www.sintuper j.org.br/ portal/pg_ materia.asp? id=319
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